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A FAMÍLIA DO DOENTE TERMINAL






O apoio à família, é parte integrante dos cuidados paliativos. Uma família contente aumenta as possibilidades de o doente estar contente.
O internamento no hospital ou numa unidade de cuidados paliativos pode ser considerado pela família como uma derrota. (Twycross, 2001)

Em situações de ameaça, as mulheres são mais propensas do que os homens às atribuições envolvendo culpa, vergonha, devido às expectativas sociais ligadas ao papel de responsáveis primárias pelos cuidados com os filhos, marido, pais idosos e família extensa. (walsh, 1998)

Os familiares do doente, têm reacções idênticas às do seu ente querido. Como refere Pierre (2000), os familiares estão em sofrimento pela perda iminente, portanto, assustados, fragilizados. O sentimento de perda é imenso e trás muita ansiedade, desespero e desequilíbrio emocional.
Segundo Pereira e Lopes (2002), quando um familiar adoece e é portador de uma doença grave com um desfecho fatal, a família ao ter conhecimento, reage e passa a actuar atendendo às necessidades do paciente, esquecendo e ignorando muitas vezes os seus próprios problemas, partilhando os mesmos medos e angústias que o doente, ainda que numa outra perspectiva.

Segundo Laman (1994), a partir do momento do diagnóstico do cancro, ou de outra doença grave, a família reconcilia-se conscientemente ou não com a ideia da perda do seu familiar.

Quando o doente assume um papel dominante dentro do sistema familiar, os outros membros temem a sua perda e por vezes, podem negar a realidade, continuando a incluir o paciente nos projectos a longo prazo e a exigir a sua participação (Pereira e Lopes, 2002).

Frequentemente não é apenas o doente a experimentar a angustia, quando o momento da morte se aproxima, os familiares e os amigos podem experienciar uma reacção semelhante à do paciente. Este processo é conhecido como luto preparatório, podendo envolver a negação, a cólera e a depressão.
Permitir que as pessoas discutam essas questões, pode ajudá-los a confrontar a situação. Este período pode igualmente ser usado para permitir ao doente e aos seus familiares a recordação de todas as coisas importantes que fizeram juntos, para chorar por experiências que não foram bem sucedidas e para expressar desgosto pelos acontecimentos que nunca irão ocorrer. Podem existir “ assuntos inacabados ” que os doentes gostariam de resolver e a necessidade de expressar sentimentos ou de se despedir. As famílias podem beneficiar de ajuda neste processo. (Bennett, 2002 p. 147)